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Projeto "Verde-Água": Restaurando Florestas, Conservando a Água

  • Foto do escritor: Kite Formigari
    Kite Formigari
  • 13 de mar.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de ago.



Vista aérea da área degradada que está sendo restaurada
Vista aérea da área degradada que está sendo restaurada


A Reserva Amantikira abriga um importante fragmento de Mata Atlântica, um dos biomas mais biodiversos e ameaçados do Brasil. Com o objetivo de proteger suas nascentes e restaurar a funcionalidade ecológica da paisagem, iniciamos, em 2024, o projeto "Verde-Água", que aplica os princípios da agricultura sintrópica na recuperação de 30 hectares de área degradada.


Um dos desafios centrais desse processo é a presença da Brachiaria decumbens, gramínea exótica amplamente utilizada em pastagens. Embora sua disseminação possa dificultar o estabelecimento de espécies nativas, ela também desempenha um papel relevante na proteção do solo contra erosão e na retenção de umidade. Dessa forma, a estratégia adotada não se restringe à simples remoção dessa gramínea, mas sim à sua integração inteligente ao sistema, auxiliando na transição para um ecossistema mais equilibrado.


A restauração ecológica teve início com a capina seletiva da Brachiaria e a abertura de berços de plantio para espécies arbóreas nativas, rigorosamente selecionadas com base na fitofisionomia local e nas suas funções ecológicas. Paralelamente, foram introduzidas espécies leguminosas, cujas raízes promovem a descompactação do solo, aumentam sua capacidade de infiltração de água e contribuem para o aporte de matéria orgânica e fixação de nitrogênio.


À medida que as árvores se desenvolvem, sua sombra reduz a dominância da Brachiaria, favorecendo a sucessão ecológica. Além disso, parte dessa gramínea é reutilizada como cobertura vegetal, protegendo o solo contra a insolação excessiva, reduzindo a evaporação e fornecendo nutrientes para as espécies recém-introduzidas.


A restauração florestal vai além do plantio de árvores: ela reestabelece o ciclo da água. Árvores atuam como verdadeiras arquitetas da umidade, promovendo a infiltração da chuva, reduzindo a erosão e garantindo a recarga dos lençóis freáticos. Esse processo fortalece a resiliência hídrica da paisagem, tornando-a mais estável e sustentável para as futuras gerações.


O projeto "Verde-Água" reforça um princípio fundamental: ao plantar árvores, também estamos plantando água. Esse é um compromisso com a regeneração ambiental e com a restauração dos processos naturais que sustentam a vida.

 
 
 

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